quarta-feira, 16 de março de 2022

A Mudança no Eixo de Aprendizagem

 Não se assuste, sei que o título parece alguma tese de TCC na área de Filosofia ou Ciências Sociais, mas calma, vamos entender juntos uma coisa muito interessante que está acontecendo com o mundo.



Todos sabemos que cada pessoa possui sua personalidade. Preferências, virtudes, imperfeições, necessidades, vícios, pré-disposições, etc. 

    Mas o que é realmente interessante sobre isso é a sua relação com a educação. E, ainda mais profundamente, na educação artística. São especialidades sobre as quais poucas pessoas se debruçam, e provavelmente serão muito necessárias no futuro, pois as pessoas não vão mais conseguir aprender do jeito tradicional... e isso vai mover todo o mercado consigo: as escolas, universidades, professores, cursos livres, livros, métodos - pois hoje o mercado se adapta ao público, e não o contrário.
    E a individualidade interfere no aprendizado!

 Siga o raciocínio:


Quem aí lembra da Enciclopédia Barsa?

 Há menos de 30 anos atrás (esses dias), toda a informação vinha através dos livros e cursos. 
 Geralmente, pra se aprender algo, era necessário uma imersão profunda num livro ou num curso. Demandava tempo e dedicação.
  Todos seguiam o mesmo roteiro, e pela profundidade demandada, muitos chegavam aos resultados esperados.





 Hoje, quase tudo que se possa saber está na internet. Qualquer um pode tirar uma dúvida fazendo uma pesquisa rápida no Google.

 Isso é bom né? 👍


 Porém, tem um lago negativo: o imediatismo.

 E ele ainda é agravado pelas redes sociais e pelo celular.


Professor Carlos, onde você está querendo chegar com isso? 



 Aqui: a forma de aprender as coisas está mudando! As pessoas estão desenvolvendo uma patologia introvertida e psicossocial, e seus maiores efeitos são dois:

 1. O conhecimento deve ser pra agora!
    Significa que não se pode mais esperar muito pra ter resultados, pois isso causa ansiedade.


 2. Tudo deve ser do meu jeito!

   As pessoas estão se desfazendo da herança científica que formam os pilares do que vivemos hoje, para fazer o mundo significar conforme o próprio umbigo indica.
  E veja só que coisa: isso não é de todo ruim. Só precisa-se de cuidado, senão os resultados não vêm!
      Por quê não é bom? Porquê desdenha de um conhecimento com séculos de formação.
    Por quê não é ruim? Porquê cada um é um universo, e possui capacidade em potencial pra entender e criar qualquer coisa.


E qual a solução então, C*#%#@$   ?  

Bem-vindo à dúvida-mor desse artigo!


 Toda a minha experiência na área de ensino (não só na música, já que também lecionei Filosofia em escola pública e até artes marciais) me mostrou que tem havido uma curva acentuada na maneira como os alunos aprendem. E entendendo isso, com muito esforço tenho conseguido adaptar meu método para os novos tempos, possibilitando um nível sempre muito alto de eficiência dos alunos. E, aliás, esse é ponto-chave desse artigo. Veremos mais já já - aguenta aí!

 Ainda tendo como base minha experiência, notei o seguinte: os alunos de antigamente gostavam da disciplina, do conteúdo teórico e da proximidade intensiva com o professor. Atualmente, boa parte dos alunos não tem disciplina natural, não gostam do conteúdo teórico e preferem não ter muito contato com o professor a não ser nas aulas (eu, quando aluno, ia à shows com meus professores, tomava café e fazia até churrasco junto).

Se você é meu aluno, pode me chamar pra um churrasco! 


  Isso significa que o método precisa sofrer uma conversão prática. E o educador que não perceber ou se recusar a isso, ficará pra trás. E mesmo que discorde, não há como lutar. Pelo contrário, precisa buscar uma solução com todas as suas forças.

    E essa solução (chegamos!) precisa ter dois elementos poderosos:

  • A velha e tradicional disciplina e conteúdo de aprendizagem precisam continuar!

  • Uma adaptação ao indivíduo (aluno) e um roteiro cauteloso é preciso pra se atingir resultados práticos

    Aqui, a grande maioria dos professores e escolas que pararam no tempo estão sofrendo com isso. Não entenderam ainda! Cada aluno precisa de um roteiro próprio, e não uma sequência única de despejo de informação.

    Esse um dos grandes diferenciais do meu método: seguimos sim um cânone teórico e técnico, porém eu elaboro um roteiro minucioso onde analiso e incentivo as qualidades e analiso e tento solucionar as travas de cada um. E esses relatórios são arquivos de verdade: eu crio e atualizo sempre. Ah, e antes que pergunte, não, eu não vou mostrar aqui. Talvez num livro daqui alguns anos.

    Mas percebe como isso vai além da arte? É também um divã de psicologia, e através desse equilíbrio (tradição e modernidade), eu tenho conseguido que as minhas aulas sejam, além de produtivas, que sejam também divertidas e que os alunos se sintam tão à vontade que tudo flui melhor.

    Tudo isso mostra como o processo educacional precisa ser renovado sempre. E na arte, existe uma característica adicional, pois tratamos de coisas subjetivas, sentimentos e emoções. É ainda mais complexo do que ensinar ciência exata!

 
    Isso indica que, em muito pouco tempo, um educador destacado precisará ter multidomínios pra conseguir ter eficiência: precisará conhecer bem sua área (claro!), manejar conceitos de psicologia e espiritualidade, além de dominar alguns conceitos da Filosofia (como Filosofia da Mente e Epistemologia). Aliás, parece que a gênese e o fim de toda área de estudos é a mesma: uma grande área que se multifaceta em vários subdomínios de especialidade, para depois todos se encontrarem novamente numa única unidade.


    Particularmente, eu, Carlos Speedhertz, estou sempre renovando meus conceitos, pois tenho um interesse e um amor muito grande pelos resultados dos meus alunos, tanto meus alunos na Escola SMI, quanto meus alunos particulares nos  meus cursos digitais  e tento fazer isso até nas apostilas de ensino musical
    
    O objetivo que está por trás de toda essa análise, meditação e pesquisa é que a minha missão de ensinar se desdobra em duas:

  •  Fazer meus alunos alcançarem seus objetivos e além

  •  Fazer com que o percurso seja divertido, dinâmico e transformador


    Acredito mesmo que, por trabalhar com amor, a vontade de chegar à essas conclusões acaba sendo inevitável. Espero que pra todos os interessados em expandir e melhorar o mundo através do ensino e da música isso seja assim também.


 E você, o que acha dessa mudança de eixo?